O TEMPO

segunda-feira, 11 de maio de 2009
Quando Carlinhos tinha cinco anos, a professora do jardim de infância pediu aos alunos que fizessem um desenho de alguma coisa que eles amavam. Carlinhos desenhou sua família, e traçou um grande círculo com lápis vermelho ao redor das figuras. Mas faltava escrever uma palavra acima do círculo, então ele saiu de sua mesinha e foi até a mesa da professora e disse:- "Fessora", como a gente escreve...?Ela não estava num bom dia, e nem o deixou concluir a pergunta, mandando-o voltar ao seu lugar. Carlinhos dobrou o papel e o guardou na mochila. Já em casa, lembrou-se do desenho, tirou-o da mochila, alisou-o bem, pegou um lápis e olhou para o grande círculo vermelho, e foi correndo falar com sua mãe que preparava o jantar:- Mamãe, como a gente escreve...?- Carlinhos, não vê que estou ocupada agora? Vá brincar lá fora.Naquela noite, ele tirou outra vez o desenho da mochila. Olhou para o grande círculo vermelho, pegou o lápis, e foi até seu pai e disse:- Papai, como a gente escreve...?- Carlinhos, estou vendo o jornal. Vá brincar lá fora. E não bata a porta.O garoto dobrou o desenho e o guardou no bolso. No dia seguinte, ao separar as roupas para lavar, sua mãe jogou no lixo "um papel dobrado e amassado" que encontrara na bermuda do filho. Os anos passaram, e quando Carlinhos tinha 28 anos, sua filha de cinco anos, Ana fez um desenho. Era o desenho de sua família. O pai riu quando ela apontou uma figura alta, de forma indefinida e ela disse:- Este aqui é você, papai!A garota também riu. O pai olhou para o grande círculo vermelho feito por sua filha, ao redor das figuras e lentamente, pensativo, começou a passar o dedo sobre o círculo. Ana desceu rapidamente do colo do pai e avisou:- "Pera" papai, eu volto logo.E voltou. Com um lápis na mão. Acomodou-se outra vez no colo do pai, posicionou a ponta do lápis perto do topo do grande círculo vermelho e perguntou:- Papai, como a gente escreve amor?Ele abraçou a filha, tomou a sua mãozinha e a foi conduzindo, devagar, ajudando-a a formar as letras, enquanto dizia:- Amor, querida, amor se escreve com as letras T...E...M...P...O (TEMPO).O amor é o que ele faz. Ele se traduz em tempo, atenção, dedicação, e às vezes sacrifício. Crie um tempo extra para amar. É muito importante, em especial para os filhos, ter quem ouça e opine quem participe e vibre quem conheça e incentive. Quando dizemos que não temos tempo para algo, o que realmente estamos dizendo é que este "algo" não é prioridade pra nós. O tempo é o mesmo para todos; a diferença está em o que escolher fazer com ele.
Autor Desconhecido

1 comentários:

  1. Anônimo disse...:

    lindo seu texto... parabéns